Afonso Cruz
Autor/a de The Books that Devoured My Father
Sobre l'autor
Obres de Afonso Cruz
A Morte Não Ouve o Pianista 3 exemplars
O prazer da leitura — Autor — 2 exemplars
Princípio de Karenina 2 exemplars
O Abençoado * As Súplicas 2 exemplars
Recolha De Alexandria 1 exemplars
A misteriosa mulher da pera 1 exemplars
O Cultivo de Flores de Plástico 1 exemplars
Como Cozinhar uma Criança 1 exemplars
Kokoschka babája 1 exemplars
O abençoado 1 exemplars
Obres associades
Inéditos Expresso — Autor — 1 exemplars
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Coneixement comú
- Data de naixement
- 1971
- Gènere
- male
- Nacionalitat
- Portugal
- Lloc de naixement
- Figueira da Foz, Portugal
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- ISBN
- 87
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Experienciamos o protagonista, vizinho do Sr. Ulme. Este, ao aperceber que a sua vida está estagnada e com vários problemas, empenha-se em resgatar o passado do seu novo parceiro de tempo.
O passado de um; o presente de outro e como essas vivências estão na base de uma nova construção, passam a ser regulares no avançar das páginas.
No livro sente-se uma forma sublime de dar a conhecer uma visão simples do quotidiano. Poesia no uso de prosa é usada para descrever as relações antigas da personagem sem memória e para descrever a vida rotineira do homem apático com culpa por aí ter chegado.
A ajuda visível de um, é proporcional à ajuda impercetível do outro.
Incrível capacidade de contar a história, de retratar aspetos e decisões banais.
Muito reais, ao mesmo tempo peculiares, são as personagens que vão aparecendo à medida que as memórias vão sendo encontradas. As suas vivências em conjunto e as opiniões assim formadas em relação ao Sr. Ulme vão alterando o ponto de vista de quem vai conhecendo os relatos.
Ao cuidar do seu novo companheiro, o protagonista vai descobrindo os seus erros, como recuperar o seu ânimo e a verdadeira essência de como viver no presente.
Esta é uma obra que inquieta.
Casamento em ponto de rotura e rotina; amor intenso e perdido de juventude; empatia entre pessoas distintas, são temas presentes. Aqui encontras um bom exemplo de, "A vida é curta, vive-a. O amor é raro, agarra-o. A raiva é terrível, descarta-a. O medo é temível, enfrenta-o. As memórias são doces, valoriza-as".
Ao recuperar as memórias e aprender a visão das relações e diálogos do passado da personagem, penso que devemos ter a seguinte frase em conta, - "Em alguma parte da vida, todos nos tornamos memórias para outros. Por isso, é preciso garantir que sejamos uma boa recordação."… (més)